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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Reflexões sobre as origens de classe dos fenômenos



            Certas organizações, como é a Esquerda Marxista, acredita que toda manifestação social tem por base a luta de classes, falo, óbvio, da luta das classes econômicas burguesia e proletariado. Assim, os costumes, ignorâncias, crenças, moral, etc., nada mais são que a ideologia da classe dominante.
            Mas há aqueles que olham tudo como luta de classe, porém percebendo que ambas classes produzem cultura e valores, e assim, tudo o que está em jogo na sociedade seria uma manifestação da luta entre essas classes, nesse sentido, nem tudo o que é dado na sociedade é burguês, mas é parte de um conflito de classes.
            Outros conseguem ver que existem mais de uma classe, e que elas em luta disputam a moral da sociedade e seus valores. Perceba que nos três exemplos, tudo o que ocorre é fruto da luta de classes.
            Existe mais um ponto interessante, um mesmo ponto pode ser visto como manifestação de classes diferentes, assim, cada organização ver se posiciona de forma diferente para com o mesmo ponto. Esse é o exemplo do homossexualismo, e das drogas. Para muitas organizações ambas manifestações têm origem na burguesia, mas elas podem ter origem de formação diferente para organização diferentes, porém vidas da mesma classe. Por exemplo, para algumas o homossexualismo pode ser burguês por que é fruto da liberdade burguesa, o liberalismo, para outro por que burguesia como dona dos meios de comunicação influenciam, para outros por que a burguesia cria uma sociedade onde as pessoas se degeneram. Perceba que são formações diferentes, porém vêm da mesma classe.
            Temos o exemplo das drogas, podemos dizer que uma parte dos que acham que a burguesia é a responsável assim pensa por acreditar que a burguesia que degenerar os trabalhadores, outros vêm como um fruto do liberalismo burguês. Ainda tem aqueles que vêm como forma de ganhar dinheiro. Mas uma vez vemos várias explicações, mas todas elas culpabilizam a burguesia pelas drogas.
            Outras organizações conseguem fazer o inverso, são aquelas que acham que a burguesia quer manter todo mundo de baixo de uma moral para que sirvam aos seus interesses, defendem que o cristianismo e ideologia burguesa, e que serve para que a burguesia explore o proletário. Nesse sentido, as drogas se tornam um meio de libertação burguesa, e o homossexualismo também, dizem então que o burguês não gosta de quem fuma e de que é homossexual, assim, toda a moral que impede essas práticas é da burguesia. Vemos aqui que as coisas podem se inverter se vistas por diferentes organizações, se para a EM as drogas é manipulação burguesa, para anarquistas é libertação da burguesia, para outros é a própria ideologia burguesa.
            A diferença entre ser criado pela burguesia para dominar o proletário e ser da ideologia burguesa são coisas diferentes, no primeiro caso a burguesa maquina uma ideologia a fim de dominar, ou seja, ela mesma não segue tel pensamento, ela o cria e o transmite, no segundo caso, a burguesa é portadora de determinada moral, e pratica tais atos por se identificar com eles, aqueles que não são burgueses e adotam esses atos são influenciados pela ideologia burguesa. Perceba que a ideologia burguesa pode ter mais de uma conotação, a maquinada, e a essencialista.
            Bom, mas existem aqueles que negam toda influencia de classe, seja positiva ou negativa, e transforma numa questão de moral, assim, percebem que certos valores são pré-burgueses e que por isso não tem origem nessa classe. Existem, nesse sentido, os que acham que são valores de classes anteriores e que ficaram no imaginário, essa visão é apenas uma forma diferente de dizer que as classes têm influência; tem os que acham que essas classes ainda existem e que tem poder e por isso tais valores ainda vingam, mas uma vez é uma questão de classes.
            Mas há os que acreditam que são apenas questões humanas desligadas de classes, e que tendem a ser superadas conforme a sociedade fique mais instruída.

            A verdade é que poderíamos enumerar as diversas formas de er ver uma mesma questão, porém, as interpretações são limitadas pela psique humana, ou seja, não tem limites. 

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