O
que é liberalismo? Liberalismo é uma ideia de liberdade, a liberdade é o sonho
de toda criança, quando adulto descobre-se que liberdade é uma ilusão. Essa
criança nasceu no Renascimento, e nunca cresceu. Tenta cometer o Parricídio,
primeiro o papa, depois os príncipes, e mais tardes a aristocracia e os valores
que deles sobraram.
Como fazer um povo ser livre se ele
não quer ser livre? Force-o, essa é a lógica liberal. O povo é impregnado de
valores morais que foram implantados pela aristocracia, num mundo onde não
existem reis esse povo viveria da mesma maneira que viveu no passado, ou seja,
manteria as mesmas relações de produção, seus acordos com senhores, seriam
empregadas domésticas, biscaiteiros, autônomos, etc. O fim da monarquia em nada
modificaria as antigas relações entre os homens, seus antigos valores
hierárquicos e morais continuariam intactos, e mundo continuaria sendo como
antes da Revolução Francesa. Isso seria frustrante para os liberais.
A ideia de liberdade que temos não
nasceu de cada indivíduo, ela foi implantada em nossas em nossas mentes, somos
levados a acreditar que a quebra de certos valores nos tornam livres. Uma
determinada classe não quer ter que se preocupar com o poder, por isso quer que
haja uma rotatividade no poder, e impedir que um grupo detenha monopólio dos
símbolos do poder, ou seja, as classes liberais precisam destruir a
aristocracia.
A escola é o principal instrumento
para impor a ideia de liberdade nas pessoas, pensar que escolas privadas são um
reflexo do pensamento liberal é um erro, na verdade a educação no liberalismo
precisa ser pública. Vemos isso em Adam Smith e J. S. Mill, os maiores nomes do
liberalismo da Inglaterra e dos EUA. Eles colocam a importância de que o estado
force as pessoas a serem livres, ensiná-las como isso deve ser feito. Com essa
instrução as pessoas poderiam ser livres. Houve quem fosse contra, Bernand
Mandeville defendia que se os pobres fossem instruídos não suportariam suas
vidas, e também teve Garnier.
É por esse motivo que existe uma
forte tendência em tornar pública toda educação, isso sempre foi difícil de ser
implantado, pois as aristocracias e conservadores nunca permitiram que esse
projeto. Os liberais lutam contra os conservadores para tornar a educação
pública. Nos EUA essa luta se dá entre os Republicanos/conservadores e
Democratas/liberais. A ONU faz suas resoluções sobre a educação, e de forma sutil
impõe a estatização da educação, fazendo exigências que impede que escolas
privadas possam implantar. No Brasil, o Enem, as cotas para estudantes de
escolas públicas, a tendência em tornar a escola Integral, as questões de
inserção de deficientes, etc., são formar de fazer com que a rede privada de
menor porte não suporte a pressão, assim, o lobby da educação privada (Tubarões
do Ensino) perderá espaço no governo. A educação privada é uma educação onde os
pais escolhem o que será ensinado na escola, comumente a aristocracia estuda
nas escolas católicas onde são ensinados valores familiares. Eles recebem uma
educação que garantem a eles postos de prestígio na sociedade. A burguesia
estuda em escolas onde possa desenvolver o espírito capitalista liberal, se
matriculam seus filhos em escolas privadas de nome é pelo simples fato de se
aliar as aristocracias. Para o burguês pouco importa se seu filho estuda num
Especial ou numa escola pública, pois onde ele trabalhará, ou seja, no mesmo
ramo do pai, não precisará ser um intelectual, mas apenas saber investir.
Muitas pessoas acreditam que a burguesia não quer estatizar a educação, isso
pode valer para os donos de escolas (se é que podem ser considerados
burgueses), mas qual a diferença se o filho de Eike Batista estuda numa escola
privada ou pública? A sua atuação profissional independe disso. Thor Batista já
fazia negócios aos 14 anos, estudou numa universidade privada mais tarde, nunca
precisou estudar a ponto de passar no vestibular, o saber não é um interessa
burguês.
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