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domingo, 4 de janeiro de 2015

Liberalismo e Educação


O que é liberalismo? Liberalismo é uma ideia de liberdade, a liberdade é o sonho de toda criança, quando adulto descobre-se que liberdade é uma ilusão. Essa criança nasceu no Renascimento, e nunca cresceu. Tenta cometer o Parricídio, primeiro o papa, depois os príncipes, e mais tardes a aristocracia e os valores que deles sobraram.
            Como fazer um povo ser livre se ele não quer ser livre? Force-o, essa é a lógica liberal. O povo é impregnado de valores morais que foram implantados pela aristocracia, num mundo onde não existem reis esse povo viveria da mesma maneira que viveu no passado, ou seja, manteria as mesmas relações de produção, seus acordos com senhores, seriam empregadas domésticas, biscaiteiros, autônomos, etc. O fim da monarquia em nada modificaria as antigas relações entre os homens, seus antigos valores hierárquicos e morais continuariam intactos, e mundo continuaria sendo como antes da Revolução Francesa. Isso seria frustrante para os liberais.
            A ideia de liberdade que temos não nasceu de cada indivíduo, ela foi implantada em nossas em nossas mentes, somos levados a acreditar que a quebra de certos valores nos tornam livres. Uma determinada classe não quer ter que se preocupar com o poder, por isso quer que haja uma rotatividade no poder, e impedir que um grupo detenha monopólio dos símbolos do poder, ou seja, as classes liberais precisam destruir a aristocracia.
            A escola é o principal instrumento para impor a ideia de liberdade nas pessoas, pensar que escolas privadas são um reflexo do pensamento liberal é um erro, na verdade a educação no liberalismo precisa ser pública. Vemos isso em Adam Smith e J. S. Mill, os maiores nomes do liberalismo da Inglaterra e dos EUA. Eles colocam a importância de que o estado force as pessoas a serem livres, ensiná-las como isso deve ser feito. Com essa instrução as pessoas poderiam ser livres. Houve quem fosse contra, Bernand Mandeville defendia que se os pobres fossem instruídos não suportariam suas vidas, e também teve Garnier.

            É por esse motivo que existe uma forte tendência em tornar pública toda educação, isso sempre foi difícil de ser implantado, pois as aristocracias e conservadores nunca permitiram que esse projeto. Os liberais lutam contra os conservadores para tornar a educação pública. Nos EUA essa luta se dá entre os Republicanos/conservadores e Democratas/liberais. A ONU faz suas resoluções sobre a educação, e de forma sutil impõe a estatização da educação, fazendo exigências que impede que escolas privadas possam implantar. No Brasil, o Enem, as cotas para estudantes de escolas públicas, a tendência em tornar a escola Integral, as questões de inserção de deficientes, etc., são formar de fazer com que a rede privada de menor porte não suporte a pressão, assim, o lobby da educação privada (Tubarões do Ensino) perderá espaço no governo. A educação privada é uma educação onde os pais escolhem o que será ensinado na escola, comumente a aristocracia estuda nas escolas católicas onde são ensinados valores familiares. Eles recebem uma educação que garantem a eles postos de prestígio na sociedade. A burguesia estuda em escolas onde possa desenvolver o espírito capitalista liberal, se matriculam seus filhos em escolas privadas de nome é pelo simples fato de se aliar as aristocracias. Para o burguês pouco importa se seu filho estuda num Especial ou numa escola pública, pois onde ele trabalhará, ou seja, no mesmo ramo do pai, não precisará ser um intelectual, mas apenas saber investir. Muitas pessoas acreditam que a burguesia não quer estatizar a educação, isso pode valer para os donos de escolas (se é que podem ser considerados burgueses), mas qual a diferença se o filho de Eike Batista estuda numa escola privada ou pública? A sua atuação profissional independe disso. Thor Batista já fazia negócios aos 14 anos, estudou numa universidade privada mais tarde, nunca precisou estudar a ponto de passar no vestibular, o saber não é um interessa burguês.  

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