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domingo, 11 de janeiro de 2015

Pequena análise do documentário "O veneno está a mesa"

Passamos por um processo de urbanização muito grande, o campo vem perdendo seu valor, não digo que a população do campo esteja menor, mas que as das cidades crescem em ritmo muito maior. Claro que isso tem relação com o desenvolvimento da tecnologia e de facilidades para a sociedade, mas tem criado uma sociedade doente, onde o número de mendigos, de favelas, de crimes, e outros problemas crescem de forma exponencial.
            Temos uma escolha, podemos fazer uso dos agrotóxicos e reduzir a quantidade de trabalhadores no campo, ou parar com ele, e dividir terrar e ter uma população mais sadia. Penso que os interesses do capital estão em primeiro lugar.
            O mais interessante é que o documentário fala de governo progressistas que defendem o uso dos agrotóxicos, como o PCdoB por exemplo que defende no senado que eles alimentam a população. O PT também tem dado grandes contribuições para tanto, inclusive tem crescido a ação do agronegócio sob o governo do PT. De fato, se pararmos de usar os agrotóxicos haverá uma queda na produção, porém se levarmos em conta apenas os trabalhadores que hoje estão no agronegócio, mas se houver uma distribuição de terras a quantidade de produtores aumentaria e consequentemente a produção, além disso, isso daria trabalho e renda, além de desinchar cidades.
            Em vários países produtos químicos foram proibidos, mesmo onde os interesses do capital são maiores como nos EUA, existe um forte controle sobre o uso de alguns agentes. No Brasil não existe preocupação com isso, o agronegócio tem mais poder que povo aqui. O fato é que esses produtos afetam a vida das pessoas. O aumento do câncer tem relação com isso. Além disso, esses produtos degradam o ambiente, estamos preparando uma sociedade mais doente para as próximas gerações, estamos jogando os problemas para o futuro.
            As corporações têm agido de forma bastante violenta para com os agricultores, constituindo verdadeiros monopólios e estados paralelos. A Monsanto tem uma polícia própria que vai às plantações na Índia conferir se os agricultores estão usando as sementes transgênica. Eles fabricam as sementes e o herbicida, ambos funcionam juntos, e somente juntos, assim o agricultor precisa comprar os dois ao mesmo tempo, e o que é pior, são sementes suicidas, elas não podem dar origem a outras plantas. O agricultor é obrigado a comprar novamente junto a Monsanto. O mais interessante é que não é só as sementes que cometem suicídio, os agricultores também. Eles estão sendo sobrecarregados com dívidas e ficando escravizados.

            No Oaxaca os indígenas, descobriram que suas sementes estavam morrendo, não estavam germinando, houve suspeita que o caráter suicida das sementes da Monsanto poderia ser passado pelo solo, ou seja, uma contaminação do solo. Isso é apresentado no documentário O Mundo Segundo a Monsanto.

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